Para que serve o subteste de Aritmética do Teste de Desempenho Escolar?

Autores/as

  • Emanuelle de Oliveira Silva Universidade Federal de Minas Gerais
  • Rafael Correa Aranha Universidade Federal de Minas Gerais
  • Annelise Júlio-Costa Universidade Federal de Minas Gerais
  • Diego Las-Casas DeepMind – London
  • Pedro Pinheiro-Chagas Stanford University
  • Fernanda Oliveira Ferreira Universidade Federal de Juiz de Fora
  • Giulia Moreira Paiva Universidade Federal de Minas Gerais
  • Guilherme Maia de Oliveira Wood Karl-Franzens-Universität Graz
  • Isabella Starling-Alves University of Wisconsin-Madison
  • Larissa de Souza Salvador Universidade Federal de Minas Gerais
  • Mariuche Rodrigues de Almeida Gomides Universidade Federal de Minas Gerais
  • Maria Raquel Santos Carvalho Universidade Federal de Minas Gerais
  • Ricardo José de Moura Universidade de Brasília
  • Júlia Beatriz Lopes-Silva Universidade Federal de Minas Gerais
  • Vitor Geraldi Haase Universidade Federal de Minas Gerais

Resumen

As dificuldades de aprendizagem da matemática (DAM) se associam a menor renda, empregabilidade e adaptação psicossocial, entretanto, a identificação de crianças com DAM é dificultada pela ausência de marcadores cognitivos e biológicos confiáveis. Um dos critérios diagnósticos do transtorno específico de aprendizagem da matemática ou discalculia é o desempenho em aritmética situado abaixo de um ponto de corte em teste padronizado de desempenho. Um dos principais instrumentos psicométricos disponíveis no Brasil para esse tipo de diagnóstico é o Teste de Desempenho Escolar (TDE). No presente artigo, nós analisamos alguns aspectos da validade psicométrica do subteste Aritmética do TDE, 1ª edição: validade de construto, dimensionalidade, consistência interna, validade de critério, validade convergente/divergente e validade de conteúdo. O estudo foi conduzido com 2226 crianças do 2º ao 5º ano escolar, e uma subamostra de 927 crianças. Os resultados sugerem associações do teste com aspectos demográficos como sexo, ano escolar e tipo de escola. Além disso, os itens do TDE são organizados em nível de dificuldade hierarquicamente crescente, divididos em dois fatores categorizados por nível de dificuldade. As análises de consistência interna resultaram em indicadores satisfatórios. Os resultados das análises de validade de critério sugerem que o desempenho de crianças com dificuldades de Aritmética e da Escrita, classificados pelo TDE, nas tarefas de Cálculos e Escrita de Numerais Arábico foi significativamente inferior ao das crianças sem dificuldades. Além disso, tanto o TDE Aritmética quanto o TDE Escrita foram capazes de discriminar com acurácia superior a 66% o desempenho nas tarefas de Cálculos e de Escrita de Numerais Arábicos. Os resultados indicam que o subteste de Aritmética do TDE é capaz de identificar crianças com dificuldades na escrita de numerais arábicos e na aritmética. Entretanto, é importante ressaltar que o subteste de Escrita também tem correlação com as tarefas numéricas. Palavras-chave: dificuldade de aprendizagem da matemática, Teste de Desempenho Escolar, validade psicométrica, aprendizagem da aritmética, discalculia.

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Publicado

2020-07-30

Cómo citar

Silva, E. de O., Aranha, R. C., Júlio-Costa, A., Las-Casas, D., Pinheiro-Chagas, P., Ferreira, F. O., Paiva, G. M., Wood, G. M. de O., Starling-Alves, I., Salvador, L. de S., Gomides, M. R. de A., Carvalho, M. R. S., Moura, R. J. de, Lopes-Silva, J. B., & Haase, V. G. (2020). Para que serve o subteste de Aritmética do Teste de Desempenho Escolar?. Neuropsicología Latinoamericana, 12(2). Recuperado a partir de https://www.neuropsicolatina.org/index.php/Neuropsicologia_Latinoamericana/article/view/586

Número

Sección

Construcción y adaptación de instrumentos neuropsicológicos/ Construção e adaptação de instrumentos neuropsicológicos

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