Estratégias de cópia da Figura Complexa de Rey por Crianças

Autores/as

  • Andreza Moraes da Silva Universidade Federal do Rio de Janeiro
  • Eduarda Peçanha Universidade Federal do Rio de Janeiro
  • Helenice Charchat-Fichman Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro
  • Rosinda Martins Oliveira Universidade Federal do Rio de Janeiro
  • Jane Correa Universidade Federal do Rio de Janeiro

Resumen

A Figura complexa de Rey (ROCF) é um instrumento neuropsicológico clássico que recruta habilidades de planejamento e organização. Considerando-se que crianças desenham a figura de forma diferente dos adultos, o objetivo deste estudo foi comparar dois sistemas de pontuação qualitativa - Osterrieth e Developmental Scoring System for the Rey-Osterrieth Complex Figure (DSS - ROCF) – em termos de sua capacidade de descrever mudanças nas estratégias ao longo do desenvolvimento. Foram analisadas as reproduções de cópia do teste de 208 crianças de 7 a 13 anos, com desenvolvimento típico, de escolas que atendem as classes sociais C, D e E, classificação do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (BGE), baseada na renda familiar. A classe A possui maior renda, enquanto a Classe E, a menor. A frequência das estratégias não foi igualmente distribuída em ambos os sistemas. Crianças mais novas empregaram estratégias menos elaboradas, as mais velhas, estratégias mais elaboradas. Entre 9 e 13 anos houve concentração de ocorrência da estratégia IV (Osterrieth) e do estilo intermediário (DSS-ROCF). O exame do emprego da Estratégia IV, cópia fragmentada, permitiu descrever diferentes formas de sua execução, segundo a sequenciação de cópia dos detalhes da figura. Observou-se que as crianças fragmentam a ROCF de formas diferentes. Algumas fragmentações seguem uma ordem lógica, outras ocorrem de forma idiossincrática, sendo as primeiras frequentes em crianças mais velhas e as outras em crianças mais novas. O exame da sequência seguida durante a cópia da ROCF pode contribuir para a compreensão da heterogeneidade observada no desempenho das crianças e adolescentes que empregam a estratégia IV de Osterrieth. Este resultado pode vir a permitir a identificação de modos diferentes de planejamento na ampla faixa etária em que esta estratégia ocorre, contribuindo, assim, para a avaliação das funções executivas e para a intervenção neuropsicológica para o desenvolvimento destas habilidades. Palavras-chave: Funções executivas, testes neuropsicológicos, psicometria, figura complexa de Rey, sistemas de pontuação.

Biografía del autor/a

Andreza Moraes da Silva, Universidade Federal do Rio de Janeiro

Graduada em Psicologia pela Universidade Estácio de Sá. Formação na área de Neuropsicologia e Terapia Cognitivo-Comportamental. Mestre em Psicologia Cognitiva pelo Programa de Pós-Graduação em Psicologia da UFRJ.

Eduarda Peçanha, Universidade Federal do Rio de Janeiro

Graduada em psicologia pela Universidade Federal do de Janeiro (2014). Mestranda em Psicologia pelo Programa de Pós-Graduação em Psicologia da UFRJ (2015).

Helenice Charchat-Fichman, Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro

Graduada em Psicologia pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Possui mestrado em Neurociências e Comportamento pela Universidade de São Paulo e doutorado em Neurociências e Comportamento pela Universidade de São Paulo. Professora Adjunta do Departamento de Psicologia da PUC-Rio (graduação e pós-graduação).

Rosinda Martins Oliveira, Universidade Federal do Rio de Janeiro

Graduada em Psicologia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (1989). Possui Doutorado em Psicologia Experimental pela University of Oxford (1994). Professora e pesquisadora da Universidade Federal do Rio de Janeiro associada ao departamento de Psicometria. Pesquisadora nas áreas da psicologia cognitiva, neuropsicologia e testes neuropsicológicos.

Jane Correa, Universidade Federal do Rio de Janeiro

Graduada em Psicologia pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Possui mestrado em Psicologia Cognitiva pelo ISOP-Fundação Getúlio Vargas, doutorado em Psicologia do Desenvolvimento pela Universidade de Oxford, Inglaterra e Estágio Pós-doutoral realizado no Instituto de Educação da Universidade de Londres, Inglaterra. Professora Associada do Departamento de Psicologia Geral e Experimental e da Pós-Graduação em Psicologia da Universidade Federal do Rio de Janeiro.

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Publicado

2016-04-30

Cómo citar

Silva, A. M. da, Peçanha, E., Charchat-Fichman, H., Oliveira, R. M., & Correa, J. (2016). Estratégias de cópia da Figura Complexa de Rey por Crianças. Neuropsicología Latinoamericana, 8(1). Recuperado a partir de https://www.neuropsicolatina.org/index.php/Neuropsicologia_Latinoamericana/article/view/276

Número

Sección

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